Saturday, August 29, 2009

Wakare no Yokan


Wakare no Yokan

Teresa Teng

Nakidashite shimai sou, itai hodo suki dakara
Doko e mo ikanaide, iki o tomete soba ni ite
Karada kara kono kokoro, toridashite kureru nara
Anata ni misetai no, kono mune no omoi o

...Oshiete, kanashikunaru sono wake
Anata ni furete ite mo
Shinjiru koto sore dake dakara
Umi yori mo, mada fukaku
Sora yori mo, mada aoku

Anata o...kore ijou..., ai suru nante
Watashi ni wa, dekinai...

Mou sukoshi kirei nara, shinpai wa, shinai kedo
Watashi no koto dake o, mitsumete ite hoshii kara
Kanashisa to hiki kae ni, kono inochi dekiru nara
Watashi no jinsei ni, anata shika iranai

...Oshiete, ikiru koto no subete o
Anata no iu ga mama ni
tsuiteku koto, sore dake dakara
Umi yori mo, mada fukaku
Sora yori mo, mada aoku

Anata o...kore ijou..., ai suru nante
Watashi ni wa, dekinai...
Anata o...kore ijou..., ai suru nante
Watashi ni wa, dekinai...



quero eu mesma traduzir essa....

Tuesday, August 25, 2009

TENHO UMA PEDRA NA BOCA DO ESTÔMAGO...

... e afundo rio a dentro em direção ao mar profundo e desconhecido.

Não estou bem hoje.
As canções são engolidas junto com a voz de volta para os pulmões que soam cheios dágua.
Eu sou feita de água, pedaço de mar, vagando sozinho sem encontrar o seu todo.
Todo.
A água é que faz de nós um todo. E seu movimento, seu fluir que nos faz andar/nadar.
Em direção ao mar, em direção ao todo.
Eu estou perdida, deslocada do meu todo, sem saída, perdendo aqui meu tempo tendo pena de mim, enquanto o mar gigante e infinito me espera e venera meu lugar amorfo e vazio.

O todo é tolo e só sabe existir.
Não pensa e nem clama por dias melhores nem mudanças afins. O todo é oco e cheio de vazio. Mas ele existe, e está e toda parte menos em mim, que só é lembrado pelo peso incomodo na boca do meu estômago, um peso sem, nem começo.
Ele também não está no peito dos inconformados, dos desencontrados e dos buscadores, todos como eu vagando com a pedra no estômago, buscando e lutando contra o fundo do seu rio que nos carregue para o todo que é mar. Somos muitos, cada vez mais.
O o todo, que existe, mas não pensa que existe nem que pensa, sabe muito mais, do oco que é viver em paz no todo que não se encontra pelo tolo que quer mais.

Arte

Viamos, lá onde eu trabalho, as fotos de um novo artista de vanguarda.
Nas imagens ele subistituia a própria lingua por uma de porco, em outras enrroscava a própria cabeça em tecido florido.
Meus colegas disseram , como já ouvi muitas vezes, que isso não é arte, que um menino de 3 anos pode fazer isso.
Mesmo não sendo muito fan desse artísta específico, coloquei que sim, uma criança faz isso, e que qualquer criança é mais artísta que nós.
Eu sou artista. Eu faço arte. Você também faz.
E apesar de me orgulhar de meu trabalho e estar , percebi que a palavra ARTE ERA GRANDE DEMAIS PRA CABER NA MINHA BOCA.

Ela é grande demais, cheia demais, não para o que eu faço, mas sim pela quantidade de informações que contêm nela.
No que eu faço a arte que eu busco paira como um deus, leve como um espírito sobre as coisas que penso e faço. É um conceito leve, levíssimo e muito sutil.
A tal palavra se tornou grande e pesada, ingessada por uma série de conceitos quase ancestrais e plastificados.
Arte.
Não sei se aguento essa palavra.

Sunday, August 23, 2009

Toki no Nagareni miwo Makasse Teresa Teng


Toki no nagare ni miwo makase (Teresa Teng)

Moshimo anata to aezuni itara
Watashi wa nani o shiteta deshouka
Heibon dakedo dareka o aishi
Futsuu no kurashi shitetta deshouka
Toki no nagare ni mi wo makase
Anata no ironi somerare
Ichido no jinsei soresae
Suteru kotomo kamawanai
Dakara onegai soba ni oitene
Ima wa anatashika aisenai

Moshimo anata ni kirawaretanara
Ashita to iu hi
Nakushiteshimau wa
Yakusoku nanka iranai keredo
Omoide dake jya ikite yukenai
Toki no nagare ni mi wo makase
Anata no mune ni yori soi
Kirei ni nareta soredakede
Inoti sae mo iranai wa
Dakara onegai soba ni oitene
Ima wa anata shika mienai no

Toki no nagare ni mi wo makase Anata no iro ni somerare Ichido no jinsei soresae Suteru koto mo kamawanai Dakara onegai soba ni oite ne Ima wa anata shika aisenai

*** Coloco minha vida na correnteza do tempo ***

Se eu não tivesse te encontrado
O que será que eu estaria fazendo hoje?
Será que teria uma vida monótona...
Amaria alguém...
E teria uma vida comum?

Coloco minha vida na correnteza do tempo
Quero me tingir com a sua cor
E nem me importo em jogar minha única vida
Por isso te peço
Fique perto de mim
Por que agora,é só você que amo

Se voce passar a me odiar
O dia de amanhã,não mais existirá
Não quero nenhuma promessa
Mas não posso viver
Somente de lembranças...

Coloco minha vida na correnteza do tempo
E te abraço..
E só pelo fato de ter ficado atraente
Já não me importo em continuar vivendo...
Por isso te peço
Fique perto de mim
Porque agora,é só você que
Consigo enxergar

Friday, August 14, 2009

Memória

Eu ouço meus paços ecoando na casa vazia.
Meus paços cansados das manhãs sempre arrastadas, sempre difíceis, naquele limite tênue entre esse mundo e o sonho.
No som dos meus paços moram os paços da minha avó em seus últimos anos, como eu em minhas manhãs, perdida entre esse mundo e o outro.
Ela vive nas pequenas coisas, na ancestralidade inerente, existente nas sutilezas, nos olhos baixos, no queixo curto, nos pequenos rancores, no arrastar dos pés.
Acho que minha avó arrastava os pés cansada do que pode ser e não foi (ela ou eu ?), e do trabalho interminável do amor dedicado aos 18 filhos e a inúmeros netos, bisnetos, orações... Eram os paços lentos esquecidos aos poucos na despedida, na visita incrédula dos antepassados no quintal, no portão, na mesa de jantar, no abraço vazio na madrinha morta a mais de 30 anos atrás... A realidade que ia levava o tempo e as preocupações, presentes apenas no arrastar dos paços.
Veio o sorriso fácil e a vida simples que se resumia a um único dia. Foi-se o relógio, os problemas dos filhos as penitências desnecessárias aos santos devotos. Chagaram as visitas diárias das filhas e dos netos, as tardes de dominó, os abraços finalmente sinceros.
Será que esse foi seu paraíso, o paraíso pelo qual rezou a vida inteira?
Rezava com uma credulidade asustadora, segurava os pés da santa como se tivesse o poder de conjurar sua presença, de animar a imagem a andar. E me disse uma vez que a via, de gesso ou não parada diante dela nas orações.