Wednesday, October 31, 2007

"Durante muitos séculos e em muitas culturas a figura feminina foi subjugada ou diminuída por sua fragilidade e delicadeza. Mas nem sempre foi assim. Em épocas específicas na história da humanidade existiu a exaltação da força feminina não somente em religiões mágicas (causa pela qual eram naturalmente reconhecidas ou por isso perseguidas), mas nas Artes de Guerra.


No Japão, no início do período feudal, essas mulheres eram conhecidas como mulheres Samurai. Dessas mulheres era esperado: lealdade, bravura e que tomassem para si o dever de vingança. Como o seu esposo guerreiro estava freqüentemente ausente, a esposa de um samurai também possuía importantes deveres domésticos. A responsabilidade dela se estendia desde o alimento até os fornecimentos para a casa. Ela supervisionava a colheita, direcionava todos os serventes e gerenciava todos os negócios financeiros. Nas questões que tangiam ao bem-estar da família, seus conselhos eram procurados e suas opiniões respeitadas. Era entregue a elas também a tarefa de educar adequadamente suas crianças, passando-lhes o forte senso de lealdade aos ideais samurai de coragem e força física.


Nas épocas de guerras, algumas vezes elas tinham que defender suas casas. Treinadas em armas, as mulheres carregavam adagas em suas mangas e possuíam a capacidade de atirá-las mortalmente. A naginata (espécie de lança com uma lâmina curva na ponta, como uma pequena espada) - variação de alabarda chinesa, era considerada a arma mais apropriada para mulheres.
(...)
Voltando às mulheres samurai, algumas vezes, no entanto, as mulheres se uniam aos homens nas batalhas, lutando ao lado deles ou encorajando as tropas, e, como de seus maridos, era esperado delas cometerem suicídio caso a família fosse desonrada de alguma forma. Algumas utilizavam o suicídio como forma de protesto contra a injustiça, assim como em situações de maus tratos pelo marido.

Um exemplo da continuidade do poder das mulheres samurai no início do período feudal é Hojo Masa-ko. Essa forte mulher que reinou no shogunato após a morte de seu marido, o primeiro shogun Yoritomo Minamoto, morto em 1199, manobrou rapidamente sua família - clã Hojo - para a regência de seu filho Yoriie. Quando mais velha, foi ela quem reanimou o exército do shogunato que esmagou as forças do imperador Go-Toba em 1221. Os Hojo permaneceram como regentes por toda a sucessão dos shogun Minamoto por mais um século e meio. Por essa razão Hojo Masa-ko ficou conhecida como "Mãe Shogun" e se tornou referência como fundadora do shogunato.

Com o passar dos tempos a mulher independente samurai foi substituída por uma imagem que descrevesse o ideal de uma mulher: obediente, controlada e principalmente subserviente ao homem. Ser respeitosa para com o homem e para com a família e geradora de filhos homens era uma das mais importantes tarefas."

Trecho retirado de http://www.bugei.com.br/artigos/index.asp

Wednesday, October 24, 2007

I am falling, I am fading, I am drowning,
Help me to breathe

Sunday, October 14, 2007

2 Meses depois... a Árvore dos segredos 1






A primeira montagem de a Árvore dos segredos trouxe resultados bem interessantes... Primeiro que viajar de ultima hora, sozinha (como sempre quis fazer...) já foi bem bacana, além de objetivo, já que viajei na segunda a noite para estar de volta na quarta de manhã. Chegando lá foi logo encontrar os rapazes, conhecer um pouco da cidade sendo guiada pelo Marcanzio que me apresentou a praça principal, aos vários comércios com o nome do Padre Cícero, ao memorial do mesmo onde fomos testemunhas de eventos sobrenaturais... rs- ao Cemitério, a igreja, o centro cultural do BNB, a casa do Seu Lunga com o carro preso na garagem...

Me falou também sobre as experiências curiosas em Souza, e de como foi curioso levar uma experiência de intervenção para um espaço rural...
No nosso pós-almoço foi a hora de começarmos as intervenções. Saímos com o grupo, fizemos o "VENDE-SE ARTISTA" no mercado; preparamos alguns materiais; montamos a árvore; depois traçamos o "Vértice" e mais uma vez o "vende-se". No fim da noite arrumei minhas bagagens e peguei, feliz, meu rumo de volta para Fortaleza.
A montagem do trabalho começou por volta das 17:00 hs, no terminal de onde chegam e saem os ônibus das cidades vizinhas e do Horto. Havíamos passado mais cedo e visto as possibilidades de montagem, bom, havia um bom gancho... A inexperiência minha apareceu na primeira tentativa de montagem, meu medo de cair, a pouca funcionalidade de amarrar as cartas uma por uma...
Então a boa idéia de fazermos uma "linha de produção", um fura o envelope, outro passa a linha, outro amarra... tudo ali na calçada, já intervia. Sem querer virou espetáculo...
Penduramos as cartas no gancho, e ao contrário do que eu havia imaginado não demorou nem um pouco, foi só colocar para as pessoas se aproximarem. Eu também esperava que elas lessem e devolvessem a seus envelopes(que ingenuidade a minha), mas ao contrário disso, elas se apossaram como se aquelas correspondências fossem destinadas a elas.
Vi um rapaz ficar muito feliz por que achou dois postais do RJ com os escritos "só falta você aqui"; uma menininha perguntando se era de graça; a Senhora que tentava remontar uma carta rasgada... Ai eles entravam e saiam dos ônibus lendo, e talvez pensando se aquela carta fosse para eles, ou quem teria mandado, quem teria recebido, quando isso aconteceu...
O trabalho durou uma hora e meia, o suficiente para só restar a carta mais alta e a garotinha pulando tentando alcança-la.