Thursday, April 17, 2008

rito

a busca atual da minha arte é a intencidade. Tento a cada dia fugir das pretenções do pedantismo que a arte acadêmica econtenporânea podem gerar.

Eu sou um processo.
Um processo de entrega e intensidade.
O meu conflito é a busca racional dessa intencidade.
Eu quero sangue, meu próprio sague.
Tripas abertas...
coração ferido exposto no peito aberto.
Operação que não termina, não cicatriza não sara.
É dor amada e doce, constante.
Eu me prendo a ela e ao medo de senti-la.
O medo me mata mais que a dor.
Por que a dor prova que estou viva.

Eu sinto o mundo e quero que o mundo também me sinta.
Sinta o que o mundo é.

Eu sou oraculo, o espelho do mundo.
A dor do mundo.
O nascimento do mundo.
O choro primeiro do mundo.

Eu sou a palavra que me prende e a lâmina que me liberta.
Não. O mundo é a lâmina que me liberta.
E o meu sangue é o sangue do mundo inteiro.
E sendo tal não sou nada.
Por que livre, sou apenas uma parte
Do mundo que me liberta.

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