Tuesday, August 25, 2009

TENHO UMA PEDRA NA BOCA DO ESTÔMAGO...

... e afundo rio a dentro em direção ao mar profundo e desconhecido.

Não estou bem hoje.
As canções são engolidas junto com a voz de volta para os pulmões que soam cheios dágua.
Eu sou feita de água, pedaço de mar, vagando sozinho sem encontrar o seu todo.
Todo.
A água é que faz de nós um todo. E seu movimento, seu fluir que nos faz andar/nadar.
Em direção ao mar, em direção ao todo.
Eu estou perdida, deslocada do meu todo, sem saída, perdendo aqui meu tempo tendo pena de mim, enquanto o mar gigante e infinito me espera e venera meu lugar amorfo e vazio.

O todo é tolo e só sabe existir.
Não pensa e nem clama por dias melhores nem mudanças afins. O todo é oco e cheio de vazio. Mas ele existe, e está e toda parte menos em mim, que só é lembrado pelo peso incomodo na boca do meu estômago, um peso sem, nem começo.
Ele também não está no peito dos inconformados, dos desencontrados e dos buscadores, todos como eu vagando com a pedra no estômago, buscando e lutando contra o fundo do seu rio que nos carregue para o todo que é mar. Somos muitos, cada vez mais.
O o todo, que existe, mas não pensa que existe nem que pensa, sabe muito mais, do oco que é viver em paz no todo que não se encontra pelo tolo que quer mais.

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